Andréa Machado
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Quando começou a vender produtos de beleza, Vanderlucia Martins só tinha algumas clientes no local de trabalho. Com a revista sempre na bolsa, mostrava às amigas as novidades. Hoje, 20 anos depois, Lu carrega um tablet — onde é possível ver revistas de Natura, Avon, Eudora e Tupperware digitalmente — e divulga seu trabalho nas redes sociais. A tradicional venda de porta em porta ainda existe, mas ganha cada vez mais força de janela em janela na internet.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), a divulgação das vendas de produtos em revistas e catálogos para as redes sociais começou há cerca de três anos no Brasil, e há cinco no exterior. Este mercado conta com mais de 4,5 milhões de empreendedores em atividade por todo o país e movimentou, no ano passado, mais de R$ 40 bilhões.

— A venda direta foi criado no modelo porta a porta, quando se batia na porta das pessoas. E, dentro desse movimento de evolução, o avanço da tecnologia possibilitou que novas ferramentas fossem usadas — explica Roberta Kuruzu, diretora executiva da ABEVD: — Quando você se relaciona, tem limite físico, só pode estar num local de cada vez. E, nas redes sociais, pode-se comunicar com várias pessoas num só clique.

Há um ano e meio, Edilene Nunes, de 28 anos, criou uma página no Facebook para divulgar entre seus amigos que estava vendendo Tupperware. Foi um sucesso. Hoje, a página tem quase 10 mil curtidas e 90% dos seus seguidores são pessoas que ela nem conhecia.

— Alguns são amigos dos amigos dos amigos — brinca Edilene.

Há pouco tempo, ela criou um grupo no WhatsApp para falar sobre lançamentos e dar dicas de como usar os produtos.

— O fundamental da venda direta é o relacionamento. Caso contrário, a pessoa pode comprar pelo e-commerce. É importante usar as ferramentas digitais, mas sempre preservando o relacionamento com as clientes. Por isso, é importante saber a data de aniversário da cliente, seu gosto pessoal etc — ensina Erica Pagano, diretora de marketing, comunicação e marca da Eudora.

Comodidade

Rachel Martins, de 27 anos, é “fascinada” por maquiagem, tanto que prefere nem fazer contas de quanto gasta do seu salário de recepcionista comprando sombra, blush e batom todos os meses. Desde que a consultora Vanderlucia Martins criou sua página no Facebook, Rachel virou fã e passou a acompanhar todas as postagens, inclusive fazendo comentários e indicando amigos.

— Um dia, a Lu (Vanderlucia) foi no meu trabalho e deixou um cartão. Acabei visitando sua página no Facebook e gostei muito. Ela fala sempre das novidades, além de explicar como os produtos devem ser usados e tirar dúvidas. Passei a usar uma linha de xampu depois que ela indicou. E prefiro comprar pelo Facebook porque é muito mais cômodo — afirma Rachel.

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